A bioengenharia de solos integra os elementos de engenharia e biologia proporcionando soluções e ganho em estabilidade por promover mecanismos que diminuem os impactos da chuva diretamente sobre o solo (efeito splash), assim como promovem o aumento da rugosidade deste pelo produto aplicado e pela barreira física dos caules das plantas após a germinação, que vem a reduzir a velocidade de escoamento da água sobre a superfície, portanto diminui erosões e o carreamento de sedimentos. As raízes por sua vez agregam as partículas de solo e proporcionam maior resistência ao conjunto.

A hidrossemeadura tem por objetivo promover a recuperação de áreas degradadas oriundas de obras de terraplanagem ou desastres naturais ao acelerar em muito o processo revegetativo da área intervida, reparando o aspecto paisagístico ocasionado pela intervenção ao mesmo tempo que se promove a estabilização dos taludes e aterros.

A técnica consiste na mistura de fertilizantes, sementes (gramíneas e leguminosas), celulose, fibra de madeira, polímeros fixadores e água em um tanque misturador que através de mangueiras e bombas esta mistura pastosa é projetada sobre a superfície que se deseja recuperar.

Para o sucesso de uma obra de terraplanagem três aspectos são de fundamental importância:

1 – Projeto bem elaborado: Levando em consideração um estudo de solo, determinando através da coesão do solo, índice de permeabilidade e ângulo de atrito do solo o ângulo de corte do talude.

2 – Drenagem eficiente: Utilizando calhas de concreto, caixas de passagem, escada de dissipação de energia e DHP (drenagem horizontal profunda) quando necessário.

3 – Revestimento vegetal: Não menos importante que as outras etapas, a HIDROSSEMEADURA é o que há de mais moderno e de baixo custo.